“Place a beehive on my grave and let the honey soak through, when i am dead and gone that's what I want from you. The streets of heaven and gold and sunny, but I'll stick with my plot and a pot of honey. Place a beehive on my grave and let the honey soak through.”

Sue Monk Kidd

domingo, 13 de dezembro de 2009

As 3 formas de amar


Existem 3 formas de amar, ou expressar sentimentos.
O escrever, o sentir e o pensar.A nós cabe-nos saber qual deles se adequa a nós e com o qual somos felizes, ou pensamos ser.
Começo por falar no escrever. Todos os poetas e apaixonados escreveram cartas, poemas, versos, onde expressam todo o amor que sentem. Essas cartas e poemas demonstram e revelam aquilo que não somos capazes de deixar transparecer para a vida real. Tudo o que se escreve conserva-se num papel, guardado, ainda assim revelando os nossos sentimentos mais profundos, mas não passará de um papel escrito até que quebremos com esses receios e esses medos que nos impedem de dizer o que sentimos, e deixar por completo que o amor se apodere de nós. Há que sentir o amor. O sentir é tudo, e é com o sentir que dou continuidade ao que escrevo agora. Quando amamos, queremos sentir. Sentir tudo de todas as maneiras. Somos, como um dia foram muitos poetas, pessoas de sensações. Ser-mos sensacionistas e aproveitar cada momento ao máximo. Queremos sentir quem amamos, te-las perto de nós, sentir a vontade beijar, abraçar e sentir um coração colado ao nosso, batendo como um só. Essencialmente, precisamos de amar e de nos sentir-mos amados. Essa é a lei do amor. Há que amar e aproveitar o momento propicio em que amamos sem pensar, em que nos entregamos sem medo de nos perdermos pelo caminho. Como diria Ricardo Reis, colhamos o amor como quem colhe flores, aproveitemos o momento, mas abandonemo-lo de seguida para que não nos agarremos demasiado a ele,para não sofrer depois mais tarde ao lembrarmo-nos dele.Aqui entra o principio do pensamento e do pensar em si. Ao pensar na pessoa amada, pensamos em tê-la connosco, perto de nós. Pensamos como seria ou será ter o seu corpo colado ao nosso, com beijos e abraços ardentes e de paixão. Pensar é sem dúvida a forma mais dificil de amar. As cartas podem ser lidas, mas são papeis que permaneçerão no papel; o sentir baseia-se em aproveita-se o que se tem e o que se sente enquanto é real e enquanto existe.
No pensar torna-se mais complicado. Ao pensar-mos temos que pesar os prós e os contras numa balança que se chama coração. O pensamento tanto pode ser lindo e deixar-nos maravilhados como pode causar-nos dor e sofrimento, quando sabemos que o que queremos e o que desejamos não pode existir na nossa vida, porque simplesmente é impossivel. A vida vive de impossiveis. Nós vivemos com a vida e porque vivemos com a vida, vivemos com aquilo que ela nos trás. Custa, por um lado, pensar, pois recorremos constantemente ao pensamento para nos lembrar mos de coisas boas, mas que ainda assim não passam de pensamentos, mas por outro lado, pensar leva-nos a sonhar, a acreditar que aquilo que queremos e desejamos é possivel, ainda que não seja.
Em suma,concluo que cada um ama de forma diferente, que todas estas formas de amar se identificam comigo, que no fim de contas, eu amo e sonho, eu escrevo e guardo. Eu vejo e desejo, apesar de não ter. O que importa é amar, sem pensar como. Amar é que importa.
Amar e aproveitar cada momento como se fosse o ultimo. Amar sem pensar muito no amanhã. É a pura e completa simplificação do Carpe Diem.

Eduardo Sarmento

A vontade que sinto em voar é inexplicavél. Para mim, voar significa ser livre, poder viver a minha vida sem preocupações, fazendo o que sempre quis fazer.
Sonho em ser um falcão e finalmente esse dia chegou e o meu desejo tornou se realidade.
Sou hoje um falcão pronto a sair do ninho em busca da minha vida, de novas aventuras e de novos mundos; em busca de liberdade, de emancipação. No meu primeiro voo, encontro uma águia que já tinha visto em tempos, na escola das aves. Digamos que a secundária penas-tejo serviu para algo sem ser ensinar-me a voar, a expandir horizontes.
No primeiro dia em que a vi, as minhas penas tremeram e o meu coração acelarou. Era a águia mais linda que já alguma vez tinha visto na minha vida.
Quis conhece-la, mas tive receio ao principio. Limitei-me a observa-la, a estudar o seu comportamento, a sua vida.
Passados alguns dias conheci finalmente a águia. Era como eu a tinha imaginado. Altiva e respeitosa, mas muito amigavél, ao contrário das outras águias.
Apresentamo-nos, tivemos cinco minutos a conversa e eu senti um formigueiro percorrer me o corpo, desde as garras até a ponta do bico.
Não parei de pensar na águia nos dias, meses que se seguiram.
Cero dia depois das aulas, acabamos por ir beber café ao ramo do sr. repuxo, um velho mocho de óculos e gordo que ficava ao virar da esquina da nossa escola.
Conversamos durante horas e nesse dia aquilo que sentia pela águia tinha atingido o seu auge, e ai descobri que estava apaixonado pela águia.
Não lhe disse nada. Tive medo da reacção da águia, tive medo de perder a amizade que me tinha custado a conseguir, o que me foi fatal, pois magoou me muito...durante meses, desejei, e ainda hoje desejo, sentir o bico da águia junto ao meu, sentir as penas dela envoltas em mim e sentir o coração da águia a bater junto ao meu, como um só.
Mas é impossivel que a aguia se apaixone por mim.
Resta-me contar-lhe o que sinto por ela contar-lhe que a amo e que quero ficar junto dela.
Agora o meu desejo de voar foi substituido pelo amor e pela paixao que sinto pela águia.
Abdicaria de voar, de ser livre, se isso implicasse puder ficar junto dela para sempre.
Mas é impossivel mais uma vez, pois nao somos da mesma especie; os nossos bicos nao se assemelham, as nossas penas nao sao iguais e o coraçao da aguia nao é nem nunca vai ser por mim que vai bater.
Tinha pensado voltar ao café do sr. repuxo para falar com a águia sobre isto, mas acho que nao é necessário pois pelos sinais, a águia já ha muito que sabe que a amo.
Vou esquece-la por muito que me custe e que a ame mais que tudo no mundo.

P.S- Perdoa-me por me ter apaixonado pela águia. A minha águia es tu

Amo-te

Fawks

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Estranha forma de amar


Hoje encontrei um homem,
um homem lindo,
Nu, inocente,
Com um sorriso lindo
Deitado numa poltrona.

Os nossos olhares cruzaram-se
E, sem o ver,eu vi-o todo inteiro,
Não só por fora, como por dentro,
Era lindo, cabelo liso, ar confuso
Era sereno e puro, mas confuso de entender.
Mesmo assim resplandecia, até na noite mais escura.

E eu...Bem posso dizer que eu me apaixonei,
Para mim, a vontade de o ter perto de mim,
foi instantânea e imediata.
Por fim, decidi tomar uma atitude e cumprimentei-o
E, a toalha que lhe tapava o sexo,
Caiu quando ele me retribuiu o gesto.

Ele sorriu-me, com um sorriso harmonioso,
E eu, retribui-lhe o sorriso,
Nunca deixando de o fitar nos olhos.
Reparei que, nos seus olhos podia ver expressividade
que rapidamente me cativaram o espírito.

A conversa foi surgindo, e eu, não contendo o que sentia,
disse-lhe que o amava,
que me tinha apaixonado por ele,
De repente, o sorriso, antes harmonioso que pude observar,
passou a ser, um sorriso brando mas calmo.
Ele ouviu e pensou, e no fim beijou-me.

Dias depois, depois do meu banho, a campainha tocou,
Era ele...tinha voltado a encontra-lo, ou antes, ele encontrou-me a mim
Convidei-o a sentar-se, onde após um café e uma longa conversa
Ergueu-se e, totalmente nu entregou-se a mim

Ama-mo-nos os dois,
e, durante os dias que iam passando,
Entre sexo e beijinhos
Éramos apenas dois corpos
cândidos como meninos...

Sorrindo, disse-me:
Hoje, por ti me apaixonei
e em ti, um belo fruto encontrei
E eu, sedutoramente lhe disse «Come!»

E ele, que tinha fome
viu o bicho falar mais alto
e comeu o fruto,
sobre si mesmo deitado.

Ambos comemos do fruto
com o mesmo olhar desejado.
Com o que ali vivemos,
senti meu sonho realizado.

Mas logo que acabamos,
brancos e frios,
Notamos que tudo não passou
de um segundo de uma vida.
E o espanto e felicidade
Deixaram-no mudo.

Enquanto eu pensava, na lua que nos olhava,
ele viu que se tinha apaixonado
Quando isso tudo aconteceu,
quando na poltrona me conheceu.

E eu retribui-lhe todo o amor e paixão
Pois também eu me apaixonei,
pelo homem do cadeirão

Eduardo Sarmento

terça-feira, 8 de setembro de 2009


Como um cavalo selvagem
Vive a liberdade
O seu olhar, como um rasto ardente
cheio de alma
A sua voz que arrepia meu corpo
A sensibilidade com que tem no uso da palavra,
e que me toca profundamente.
Mas tudo isto não passa senão
do completo amor que sinto por ti
Pois enquanto os nossos lábios não se tocarem
e as linhas do meu corpo não se ajustarem
ás fortes linhas do teu,
continuaremos a ser só dois corpos
E nunca nos poderemos tocar.
Vivo assim... desumanizado
Lucidamente delirante, ansiando por ti!!!


Eduardo Sarmento

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Eu estou Aqui


Eu quero ao mundo perguntar
Se me pode acompanhar,
Num futuro, que espera por mim.
E tu não me tentes impedir, nem sequer me confundir
Não sei tudo, mas sei que não quero ficar por aqui

E quem, quem me pode entender?
Se ninguém me viu crescer,
Estou sozinho, mas nao desisti.
Eu sei, posso um dia lá chegar
Se o destino agarrar
Eu consigo,
Eu estou aqui.

E eu quero um tempo pra viver,
descobrir e aprender
Sentir tudo mais perto de mim
E quem, diz que nunca mudarei,
nunca soube ser alguém,
Eu consigo.
Eu estou aqui
.
E tu, viste o fundo que há em mim,
Pra chegar até ao fim,
Eu preciso de ter um lugar
Aqui, sei dizer-te quem eu sou,
De onde venho;onde vou
,
O meu sonho, não vão conseguir acordar.
O destino, já escolhi
E o desejo senti
Há quem viva num mundo
que dorme sem nunca sorrir.
Há quem fale e quem minta
sem ter um caminho a seguir.
Mas eu quero um tempo pra viver,
descobrir e aprender
Sentir tudo mais perto de mim
E quem, diz que nunca mudarei,
nunca soube ser alguém,
Eu consigo.
Eu estou aqui.
Eu consigo.
Eu estou aqui
Ainda aqui...

By Jim Hawkins

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Preciosidade

Preciosa idade,
com ou sem ruga,
sem ou com neve no cabelo.
Sejam meses ou dias,
poucos ou muitos,
Vestido ou calças,
do tecido que seja.
Idade Preciosa,
bastam horas ou segundos,
e núvens de relógios.
Há quem fume o tempo,
há que conhecer o preço louco,
do charuto,cachimbo e tabaco,
que custa menos o calendário
que todo o resto.
Velas da idade,
da cronologia,
do trono da melancolia.
Ah, bruma e nevoeiro,
e escuridão total,
com raios sem ou com cor.
Preciosidade,
é idade preciosa,
nos lábios de gente nova,
nos ombros, largas costas,
desenhada na mente antiga,
nos fios subtis na pele,
nos poros da pele.


Escrito pela minha amiga Inês Jacob

domingo, 21 de junho de 2009

Auto biografia em 5 pequenos capitulos

I
Ando numa rua.
Há um grande buraco no passeio.

Caio no buraco.
Sinto-me perdido...
impotente.
A culpa não é minha.
Uma eternidade até que consiga sair do buraco.

II
Caminho na mesma rua.
Há um grande buraco no passeio.
Faço de conta que não o vejo.
Volto a cair no buraco.
Nem quero acreditar que foi no mesmo sítio.
Mas a culpa não é minha.
Vai ser preciso ainda muito tempo para sair do buraco.

III

Ando na mesma rua.
Há um grande buraco no passeio.
Vejo-o muito bem.
Mesmo assim, caio...
Tornou-se um hábito!
Sei onde estou.
A culpa é minha.
Saio do buraco imediatamente.

IV
Ando na mesma rua.
Há um grande buraco.
Contorno-o.

V
Sigo por outra rua.

Jeito de Escrever


Não sei que diga.

E a quem o dizer?
Não sei que pense.
Nada jamais soube.

Nem de mim, nem dos outros.
Nem do tempo, do céu e da terra, das coisas...
Seja do que for ou do que fosse.
Não sei que diga, não sei que pense.

Oiço os ralos queixosos, arrastados.
Ralos serão?
Horas da noite.
Noite começada ou adiantada, noite.
Como é bonito escrever!

Com este longo aparo, bonitas as letras e o gesto - o jeito.
Ao acaso, sem âncora, vago no tempo.
No tempo vago...
Ele vago e eu sem amparo.
Piam pássaros, trespassam o luto do espaço, este sereno luto das horas. Mortas!

E por mais não ter que relatar me cerro.
Expressão antiga, epistolar: me cerro.
Tão grato é o velho, inopinado e novo.
Me cerro!

Assim: uma das mãos no papel, dedos fincados,
solta a outra, de pena expectante.
Uma que agarra, a outra que espera...
Ó ilusão!
E tudo acabou, acaba.
Para quê a busca das coisas novas, à toa e à roda?

Silêncio.
Nem pássaros já, noite morta.
Me cerro.
Ó minha derradeira composição! Do não, do nem, do nada, da ausência e solidão.

Da indiferença.
Quero eu que o seja! da indiferença ilimitada.
Noite vasta e contínua, caminha, caminha.
Alonga-te.
A ribeira acordou.
Irene Lisboa

A vida num Segundo


Basta um simples sopro para que a vida se desfaça como um castelo de cartas
E ás vezes nem sequer fomos nós que soprámos.
Mas não é preciso superar os maus momentos passados,apenas aqueles que nos faltam passar, porque os dias são feitos com o que encontramos pelo caminho, e apesar de termos medo de não saber o que nos espera ao virar de cada esquina, temos de dobrá-la para podermos avançar.
Por isso é melhor confiar em alguém, que partilhe a nossa viagem e que saiba perdoar quando escolhemos um caminho mal asfaltado.
E se alguma vez passares a saida marcada no mapa, terás de escolher entre voltar ao passado ou seguir para um novo destino.
Mas lembra-te que cada passo faz uma marca, e tens de enfrentá-lo.
Porque acredita, as nossas vidas correm por caminhos nos quais se abrem desvios a cada centímetro.
Por isso relaxa e presta atenção porque é aqui e atravéz destes caminhos que começa uma história de vida.