Como uma prisão.
Não há forma de fuga e... o dia e a noite não existem
e a alma separa-se do corpo.
Prepétuo é o sopro delirante, que anestesia a linha da vida e nos impede de respirar.
Demonstração pura da agonia da morte
Tudo acaba e a vida parece não ter durado um único dia.
Agora, todos os dias que a morte nos trás, são passados na penumbra de um purgatório,
ansiando pela entrada num mundo alusivo aos contos de antigamente, onde se acredita que o céu existe.
É nesse momento que paro. Paro e reflito... De que me vale uma vida de tristezas e amargura, se num simples segundo, todo esse sentimento contido acaba e se desvanece na memória dos que ficam e me relembram.
Antecipo o pensamento da morte,para que este me dê, enquanto vivo, recados incessantes de que a vida não pode ser vivida num estado de estupidez onde deixamos que os maus sentimentos se apuderem da felicidade, da alegria de aproveitar cada momento e prende-lo depois a um livro sem final, que é a nossa história, o nosso percurso, a nossa memória.
Prepétua é a vida, que passa e passa e não espera para se cruzar com a morte.
Quando esta chegar, o acordo de paz será selado e a vida terminará o seu papel no meu percurso como ser humano.
Ai começará um novo ciclo, prepétuo de dias para relembrar o que em tempos fui eu.
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